Com certeza você já ouviu falar do Musk na perfumaria. Notas almiscaradas são comuns nas composições, principalmente no fundo dos perfumes, mas será que você sabe mesmo que cheirinho especial é esse?
Em perfumaria, o termo “Musk” nem sempre se aplica a um componente do perfume em si, mas designa a impressão geral da composição perfumada. O aroma natural de Musk é muito complexo e geralmente descrito com muitos atributos contraditórios. A descrição pode variar de doce, cremoso ou em pó, para couro, picante e até mesmo bosque. Mas tipicamente, a nota de Musk é descrita com nuances animalescas, com uma animada e oscilante natureza, muitas vezes contrastantes. O cheiro almiscarado típico desenvolve-se a partir da tintura de Musk natural, uma vez que as partes voláteis evaporam, permitindo que a parte sensual e quente venha até a superfície.
Originalmente, o Musk era uma substância coletada do testículo do cervo, da espécie Moschus. Os machos dessa espécie têm uma glândula que produz esse cheiro almiscarado para atrair as fêmeas (cientistas dizem que é um cheiro semelhante ao cheiro da testosterona, o que fortalece a teoria de que essa atração também funciona com os humanos. Será?!).
Por muitos anos, esse material foi retirado do animal e é considerado uma das preciosidades da perfumaria. A glândula é retirada do cervo abatido e colocada para secar no sol para, em seguida, retirar os grãos de almíscar. No entanto, esse procedimento colocou em risco a existência dos cervos e, claro, foi proibido.
As populações de veados almiscarados poderiam desaparecer por causa do preço de suas glândulas musk no mercado negro, que chega a quase 45.000 dólares por quilograma. Este é um dos produtos naturais mais caros do mundo, chegando a ser mais valioso do que o ouro. O que é realmente preocupante é que apenas alguns gramas podem ser extraídas de um único animal e cerca de 160 veados precisam ser mortos por cada quilograma de musk coletados. É possível remover a glândula sem matar o animal, mas, infelizmente, isso quase nunca é feito.
Agora vem a parte curiosa: a descoberta dos primeiros musks sintéticos, ou seja, 100% veganos, aconteceu por acidente. Enquanto o cientista Albert Baur fazia um estudo sobre explosivos eficazes e seguros em 1888, ele notou um cheiro almiscarado no ar, que deu origem a essa classe de musks sintéticos mais baratos e com cheiro bem similar. Porém, logo foi banido pela toxicidade e instabilidade da substância.
Com o passar dos anos e dos estudos em laboratórios, apareceram vários outros musks sintéticos seguros e cheirosos no mercado. Hoje, é um ingrediente muito utilizado na perfumaria por equilibrar a composição com um toque sutil e sensual, “limpando” a fragrância. Alguns testes também comprovam que ele faz o perfume durar mais tempo, por serem notas mais pesadas e demorarem mais para evaporar.
Até o final do século 19, o Musk natural foi amplamente utilizado na criação de perfumes antes de se tornar muito caro e controverso. Felizmente, existem algumas plantas que apresentam propriedades olfativas semelhantes ao do Musk, capazes de produzir o cheiro almiscarado.
Muitas dessas plantas, tais como Jardim Angélica (Angelica archangelica), Flor de almíscar (Mimulus moschatus), Abelmosk ou sementes ambrette (Abelmoschus moschatus), são agora amplamente utilizados como um substituto para os almíscares animais.
O uso do almíscar natural é proibido desde 1979, quando o veado almiscarado foi protegido e considerado uma espécie ameaçada de extinção. Hoje, a nota de Musk branco é um dos ingredientes mais comumente utilizados na criação de perfumes, oferecendo uma abordagem mais ética e menos cara do que o Musk natural.
Fonte: O Perfumístico/ Amyi.co
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