A origem do perfume não têm um histórico recente. Seus registros remontam à época dos antigos egípcios, seguido do Império Romano, da Mesopotâmia e do Império Persa. Eles costumavam utilizar aromas para comemorar eventos e cerimônias religiosas.
Até mesmo no livro de Êxodo, na Bíblia, há indicativos do uso do perfume em oferendas sagradas entre os judaicos. Unguentos e óleos perfumados também eram usados como cosméticos a partir da extração de essências de plantas aromáticas.
Dos árabes provêm diversos óleos essenciais na história da perfumaria. A água de rosas era utilizada para aromatizar o lar e também para purificar pessoas.
Os mais antigos cheiros conhecidos são os da fumaça que exalava da queima de madeiras, especiarias, ervas e incensos. Essa prática explica a origem latina da palavra perfume: per (através) e fumum (fumaça), através da fumaça. A origem do perfume se deu a partir de 3.000 a.C., no esplendor da civilização egípcia.
Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses, e os homenageavam em ricos rituais. Acreditavam que seus pedidos e orações chegariam mais rápido aos deuses se viajassem nas nuvens de fumaça aromática que subiam aos céus.
Acreditavam na reencarnação, e reservavam as fragrâncias também aos mortos. Grande quantidade de aromas acompanhava a passagem desta para outra vida, ao encontro com os deuses, e o corpo do morto devia ser conservado tão inalterado – e perfumado – quanto possível.
Mirra, musgo de carvalho, resina de pinho, entre outros ingredientes com propriedades antimicrobianas, eram utilizados no ritual de mumificação, cujos incríveis são admirados até hoje.
As múmias eram ungidas com perfume para lhes dar vida e torná-las aceitáveis aos deuses. Isto teve também a feliz consequência de tornar mais suportável o processo de mumificação, que podia durar vários meses.
Perfumistas eram retratados nas paredes dos túmulos extraindo o perfume de vários ingredientes. Os perfumes eram baseados principalmente em plantas: raízes, flores, frutos ou folhas.
As essências aromáticas eram extraídas de duas maneiras: mecânica e química, geralmente uma combinação de ambas.
Os perfumes eram usados nesta época para higiene pessoal, bem como em cerimônias espirituais e como símbolo de nobreza, pois apenas as classes mais altas tinham acesso a produtos perfumados, por serem caros e raros.
Os antigos egípcios amavam fragrâncias. Associavam as fragrâncias com os deuses e reconheciam o seu efeito positivo sobre a saúde e bem estar. Perfumes eram geralmente aplicados como pomadas à base de óleo, e havia várias receitas e representações de preparação do perfume nos templos de todo o Egito.
A unção com óleo era um sinal de distinção – quando o faraó dava presentes em sua corte, um atendente ungia o corpo e as roupas do destinatário com óleo perfumado.
Cleópatra, a última rainha do Egito, ficou conhecida por sua grande habilidade política, personalidade marcante e, também, por sua vaidade e especial fascínio por essências aromáticas.
Na mitologia egípcia, a divindade Nefertem (ou Nefertum), “O senhor do perfume”, é frequentemente retratado carregando “nenúfares”, um vaso que continha perfumes.
Nefertum, era também um deus da cura que se dizia ter aliviado o sofrimento do envelhecimento do deus Sol – Ra com um buquê de sagrado lótus. Ele poderia ser descrito como o primeiro aromaterapeuta do mundo.
Os egípcios faziam o perfume em um ritual sagrado, num processo alquímico de extração de ingredientes naturais com óleos não perfumados.
Os aromas mais populares eram derivados de flores, frutas e madeiras aromáticas locais. O incenso (olibano) também era usado cerimonialmente e o comércio de incenso e mirra desempenhava um grande papel nas relações internacionais egípcias.
Diz-se que grandes faraós egípcios como a Rainha Cleópatra e a Rainha Hatshepsut usaram fragrâncias para perfumar seus corpos, aposentos, banhos e até mesmo para leva-los junto ao corpo no túmulo.
O Egito foi o líder mundial na criação de perfumes e estava intimamente associado com o comércio de perfumes internacional. Quando Júlio César assumiu o controle do Egito, ele demonstrou esse fato ao povo romano, jogando garrafas de preciosos perfumes para a multidão durante seu retorno triunfal a Roma.
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