Por que sentimos o cheiro de "terra molhada"?

Com a chegada da chuva após períodos de seca, a atmosfera adquire um forte e satisfatório cheiro a "terra molhada" ou "tempestade". Explicamos a ciência por detrás disso.

Por que sentimos o cheiro de “terra molhada”?

Postado por: OLFATI Marketing Olfativo
Categoria: Curiosidades

Com a chegada da chuva após períodos de seca, a atmosfera adquire um forte e satisfatório cheiro a “terra molhada” ou “tempestade”. Explicamos a ciência por detrás disso.

Durante o calor sufocante do Verão, a queda de algumas gotas de chuva sob a forma de uma tempestade de Verão é algo mais do que apetecível. Mais ainda se se tratar de um fenômeno que ocorre após alguns dias ou semanas de seca, em que a vegetação necessita de hidratação e a chuva proporciona um espetáculo de aromas e odores a terra molhada e humidade que é um deleite para todos os sentidos olfativos.

Porque sim, esses cheiros que se apanham durante a chuva são reais e, de fato, têm uma explicação científica e até um nome: petricor. No entanto, o cheiro é composto por uma combinação de diferentes substâncias para além do próprio petricor. Explicamos como a terra e a natureza funcionam durante as secas e o que causa o característico “cheiro da chuva” ou “cheiro de terra molhada”.

Uma mistura de aromas

O cheiro a terra molhada ou a chuva é um efeito que resulta da combinação de duas substâncias principais: o petricor e a geosmina. Ambas são componentes naturais do solo e das plantas que, quando entram em contato com a chuva, produzem uma série de reações das quais emerge o aroma único.

petricor, por outro lado, é um óleo libertado por algumas plantas no âmbito dos seus processos metabólicos. Trata-se de uma substância que se liberta das folhas verdes e que fica retida no solo e nas pedras circundantes. Com a chegada da chuva, o petricor é libertado num processo curioso: cria pequenas bolhas no interior da gota de água que lhe permitem subir à superfície, onde se desfaz e passa para o ar numa espécie de odor efervescente.

O termo petricor foi cunhado numa publicação da Nature de 1965 pelos geólogos australianos Isabel Joy Bear e R. G. Thomas. No entanto, este processo fascinante pelo qual é libertado no ar só foi descoberto em 2015, quando cientistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) conseguiram utilizar câmaras de alta velocidade para mostrar como o odor era introduzido no ar.

Em combinação com o petricor, atua a geosmina. Esta é uma molécula produzida pela bactéria Streptomyces coelicolor, juntamente com outras cianobactérias presentes no solo, que só são perceptíveis quando o solo fica úmido. Assim, com a chegada da chuva, a geosmina mistura-se com o ar e o petricor, gerando o cheiro característico.

Sabia que ela pode se misturar com mais uma substância? Se houver uma trovoada e aparecerem partículas carregadas no ar, estas podem alterar o ozono atmosférico, dando origem a um cheiro de queimado. Quando combinadas com o cheiro da geosmina e do petricor, criam a sensação que pode reconhecer como o “cheiro da trovoada” que caracteriza muitas noites de Verão.

Uma questão evolutiva

No entanto, o mais curioso de tudo isto não é o fato de a chuva interferir com algumas substâncias produzindo um determinado odor, mas sim o fato de esse cheiro ser algo agradável para o ser humano. E a evolução é a grande responsável por isso.

O fato é que os diferentes cheiros que são percebidos têm a capacidade de ativar uma ligação neural no cérebro tão rapidamente como, por exemplo, as emoções. O olfato está diretamente ligado à amígdala e ao sistema límbico, que são áreas do cérebro responsáveis pelo desenvolvimento e gestão dos estados emocionais. Assim, é possível que o reconhecimento de certos aromas ative zonas do cérebro com estruturas antigas.

Neste caso, devemos recordar que, em tempos remotos, os nossos antepassados conseguiram estabelecer uma relação positiva com esse cheiro, pois era uma indicação de que a estação seca estava prestes a terminar e que as chuvas, e portanto o amadurecimento das colheitas, se aproximavam. Desta forma, o cheiro ficou enraizado nesse sentimento do passado, transmitido através das gerações até aos dias de hoje como uma sensação forte e satisfatória.

O  mundo animal

O petricor não é apenas um odor característico da raça humana. Ele também desempenha um papel extremamente importante para muitas das espécies que compõem o mundo animal. Por exemplo, para muitos peixes, a presença de petricor na água é um símbolo do fim do Verão e do início do Outono e das chuvas e, com elas, da época ideal para a postura dos ovos.

Outro caso característico é o dos camelos, onde a geosmina é mais importante. O cheiro desta substância é uma pista olfativa para estes animais, pois ajuda-os a detectar oásis próximos no deserto e, assim, fornecer água e hidratação para sobreviverem aos longos dias de calor agonizante.

Fonte: National Geographic 

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Autor: OLFATI Marketing Olfativo

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